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O desafio (digital) para as PME é enorme. A oportunidade, também

  • Por Santiago Solanas

Portugal e Espanha estão atrasados na utilização de soluções de software para gerir as suas operações comerciais.

Os nossos povos e cidades não seriam os mesmos sem o pequeno comércio, a pequena empresa familiar ou sem os seus escritórios de contabilidade e assessoria locais. E nada seria sustentado sem eles. A realidade, porém, diz-nos teimosamente que muitas destas pessoas – heróis empresariais, na maioria das vezes – sentem-se desamparadas perante a dinâmica do mercado, a volatilidade das alterações legislativas e a falta de proximidade com a Administração Pública. Num contexto como o atual, é importante perguntarmo-nos se as instituições prestam apoio suficiente aos trabalhadores independentes e às micro, pequenas e médias empresas, tendo em conta o seu papel como força motriz da economia e da geração de valor e emprego.

Neste Dia Internacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas, é urgente lembrar que melhorar a competitividade deste setor produtivo crítico implica, entre outras coisas, tornar mais eficientes os processos que consomem desnecessariamente recursos escassos. Nesta realidade, o investimento em tecnologia ajuda a libertar tempo dedicado à realização de tarefas mecânicas, permitindo aos empresários concentrarem-se nos seus negócios, na sua verdadeira paixão.

Há décadas que ouço falar da digitalização. Nos últimos dois anos, mais do que nunca. Mas receio que ainda não estejamos dispostos a olhar diretamente para os baixos níveis de adoção de soluções digitais de gestão empresarial em países como Portugal e Espanha. No caso, por exemplo, das soluções baseadas na nuvem – as que oferecem mais facilidades de integração e atualização – temos uma taxa de introdução de 67% no Reino Unido, 58% em França e 47% em Itália, enquanto em Espanha desce para 40% e em Portugal é de apenas 29%.

O problema é claro; a solução, na minha opinião, também é clara.

Há particularidades muito claras nestes dois países ibéricos que explicam este atraso tecnológico, particularidades como as frequentes mudanças legais e a complexidade do sistema legislativo na península ibérica, caracterizado por uma dinâmica muito elevada, num esforço que é impossível para as PME e para os trabalhadores independentes de assimilar, a menos que seja apoiado pela tecnologia.

Mais informações em: www.meta4.pt/ www.cegid.com

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